Carta de doação do rei a Afonso Esteves e toda sua linhagem, pelos serviços prestados, como bom e leal e verdadeiro, em esta guerra que havemos por exalçamento dos ditos reinos, fazemos graças e mercê em remuneração, em conselho com boa deliberação e nobres e honrados D. Lourenço, arcebispo de Braga; e Rui Pereira, João Afonso de Beça, cavaleiros; João Afonso das Regras e Martim Lourenço, doutores (grifos no manuscrito). E outros do conselho, fazem de pura doação de valedoria e para os descendentes de linha direita que havemos o campo de Çacarabotam a qual vila e termo e lugares damos por jur d erdade de todos suas rendas foros tributos novos e pertenças , com toda jurisdição alta e baixa mero e misto império. Sem herdeiros pela linha direita a doação volta a coroa.
Que os almoxarifes, escrivães e oficiais cumpram a carta e recolham as rendas.
Que ele possa tomar posse de sua vila.
Pede a Deus que não embarguem nem que leis ou jurisdições impeçam a doação, rogando maldição a quem isso fizer.
Carta feita por Afonso Estevão, escrivão.
No título da carta consta ainda doação de Salvaterra e lezirias dos Romãos.

Carta do rei de doação enquanto mercê fosse a Rodrigo Eanes de Barbudo, seu escudeiro, do reguengo de Calares, como tinha João Fernandes Andeiro.

Carta do rei de doação para sempre a Afonso Martins de Gorizo e a todos seus herdeiros, de todos os bens móveis e de raiz que Rui Fernandes havia em Povos, e na Castinheira, e em Aldea Galega, e outros quaisquer, os quais perdeu por ser em deserviço.

Carta que o rei apresentou a igreja de Santa Justa da cidade de Lisboa o clérigo Gil Martins.

Carta de doação do rei a Fernando Álvares, vedor da sua casa, de todos os bens móveis e de raiz, que foram de Estevão Filipe (grifo no manuscrito) em Lisboa, e em seu termo, e outros, perdidos por deserviço aos reinos.

Carta do rei de doação para sempre a Luis Henrique, seu vassalo, de todos os bens móveis e de raiz que Rui Fafes havia no reino, perdido por deserviço.

Carta do rei de doação para sempre a João Afonso de Beça de todos os bens móveis e de raiz que João Afonso de Beja, filho de Afonso Domingues, havia em Lisboa e outros quaisquer, por ser em deserviço.

Doação do serviço real dos judeus de Montemor o Novo para Álvaro Fernandes Turrechão.
Que os almoxarifes e escrivães não embarguem o direito, e que os juízes do lugar ou outros quaisquer façam respeitar a carta.

Quitação do relego mor que o concelho e homens bons de Faro, assim como do concelho e homens bons de Tavira. Fica estipulado que do vinho que se vender de dez almudes um para a coroa.

Carta de doação do rei para Judas Navarro, seu servidor, de umas casas na judiaria velha de Lisboa.
Estas foram de David Algodixe, e Judas as divide com David Alberto Vivem, e com Samuel Guedelha.

Doação de bens móveis e de raiz para Vasco Eanes e seus sucessores, criado e morador em Avis, vindo de João Domingues Falardo e de seu filho, que moravam em Évora, por deserviço ao rei.

Mestres, comendadores e priores da Ordem de Avis, que usem com os moradores de Estremoz da dízima do azeite.
Pedido do frei Vasco Porcalho.
O mestre mandou seu vassalo Lourenço Esteves, e desembargo por Domingos Eanes.

Doação de préstamo para Pedro Eanes, seu escudeiro, dos banhos da cidade de Lisboa, que estão sobre o chafariz do rei, com todos os direitos e rendas.

Quitação ao morador de Tavira Afonso Lopes da Costa, do quarto (25%) de uma acenha que ele tem na dita vila, que teria que dar a cada ano.

Doação de horta em termo de Beja, chamada de Ventosa, para Lourenço Fernandes do Bairro, seu criado.

Doação da vila de Penacova de Riba de Mondego a Nuno Fernandes de Cordovellas, pelos serviços que ele fez ao rei, e ao diante faria. Com direitos e rendas que compete, podendo passar aos descendentes. E pede a carta que os juízes, almoxarife e escrivão da vila respeitem o dito, em direitos e rendas, como ao rei.

Doação de bens móveis e de raiz para sempre para Rodrigo Eanes Barbudo, seu criado, que eram de Martim Eanes, comendador de Pedroso e seu irmão, em Almada, por deserviço.

Carta sobre o clérigo Afonso Eanes, sobre a Igreja de Santa Maria de Lordelo, do bispado do Porto.

Carta do rei de préstamo de moinhos e hortas que ele há em Arronches, com todos os direitos e rendas, para Rui Lourenço, escudeiro de Fernando Álvares Pereira.

Doação de bens móveis e de raiz a Vasco Lourenço para sempre, que eram de Gonçalo Gil de Carvalho em Beja, Alcácer, Santiago de Cacém ou outros quaisquer, perdidos por deserviço ao rei.

Carta do rei de doação da terra do julgado de Paiva, em Riba de Douro, a Estevão Vasques Filipe, morador de Lisboa, pelos serviços que fez aos reis D. Pedro e D. Fernando, e ao que se seguirá. A dita terra trazia João Gonçalves Teixeira.
Que os almoxarifes e escrivães respeitem Estevão, e o ponham em posse das ditas terras.
Afonso Peres a fez.

Doação da Terra de Lordelo, com termo em Porto e julgado em Bouças, para Martim Fernandes Freitas, que era do castelão Fernão Gomes Dutreira, que então estava em Castela. Que terras, herdades e jurisdições das ditas terras fossem respeitadas pelos moradores, obedientes.

Doação de bens móveis e de raiz que eram de David Negro, que foi almoxarife do rei D. Fernando, o qual perdeu por muitos erros e deserviço e dano a cidade de Lisboa.

Carta do rei de doação para sempre a Diogo Peres de Avelar, seu vassalo, de todos os bens móveis e de raiz que Gil Peres da Guarda havia, por este andar em deserviço.
Não menciona onde e quais bens.

Doação de bens móveis e de raiz para Rodrigo Afonso de Oliveira, em Avis e em seu termo, ou outros que houverem, que eram de Pero de Canas, que os perdeu por estar em Castela e em deserviço do reino e do senhor.

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